Dicas efetivas para organizar o estoque no varejo
Atender bem os clientes requer uma empresa estruturada e sistema de estoque funcional
Muitos varejistas e gestores ficam preocupados com diferentes setores, acreditando que “um pode carregar o outro nas costas”. Por exemplo, apostar todas as fichas em funcionários, achando que eles podem resolver todas as questões e organizar tudo de forma que seja compatível com um bom gerenciamento, é um erro muito comum. Nesse texto você vai conferir algumas dicas efetivas de administração de estoque e saber se a sua empresa está no caminho certo.
O estoque é um dos setores mais importantes do supermercado e, visivelmente, faz a diferença em satisfação com o consumidor final. Afinal, não dispor de um produto na prateleira, além de significar a perda da venda naquele momento, pode causar uma dúvida em relação à credibilidade daquele estabelecimento, afetando as vendas futuras. Entretanto, os gestores ficam em um dilema, afinal, manter estoques custa caro, pois requer o uso de capital de giro, implicando em custos de oportunidade e do espaço físico.
Outras questões como a multiplicação de SKUs, aliada à redução do ciclo de vida dos produtos por conta da aceleração constante das mudanças tecnológicas e do comportamento natural e o aumento da capilarização, são fatores que acabam dificultando ainda mais a previsão das vendas, que dão suporte à orientação do dimensionamento dos estoques no varejo.
Segundo artigo de Anderson Ozawa, diretor de Prevenção de Perdas e Gestão de Varejo, o giro de estoque é em torno de 14 vezes ao ano ou um a cada 26 dias. Nos EUA, Europa e Ásia, por exemplo, o giro é de 80 vezes ou um a cada cinco dias. Já no Japão acontece 160 vezes ao ano ou um a cada dois dias. Ou seja, existe uma oportunidade de estudar formas de entender melhor esse giro e saber a consequência direta no consumo do cliente e na rentabilidade do supermercado.
Veja algumas dicas para saber se o seu estabelecimento está organizando bem o estoque:
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Investimento em softwares
Investir em tecnologia que atenda os objetivos de manutenção de estoques e que possa enxugar os excessos e reduzir custos, sem perder a qualidade do serviço com os clientes, é uma ótima alternativa. A utilização de um software especializado que faça uso de algoritmos matemáticos é recomendado – tanto para a gestão dos estoques propriamente dita quanto para o tratamento do forecast (previsão) de vendas.
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Cada produto requer uma estratégia diferente
Esqueça a generalização. Seu cliente não é gado, então, os produtos precisam seguir um comportamento diversificado. Além disso, cada ponto de venda possui tipos únicos de consumidores, sendo preciso este entendimento.
Por exemplo, a gestão de itens de grande demanda, alto giro e demanda previsível, tais como sabão em pó e arroz, podem ser automatizados (modelo lote, lead-time, estoque de segurança) para administrar o volume de estoque e as reposições constantes. Já itens de demanda pontual, com menor previsibilidade e giro, porém, com maiores margens, podem ser negociados em consignação para manter estoques contábeis reduzidos.
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Acordos com fornecedores
Uma negociação eficiente e equilibrada com o fornecedor é algo importante para manter os estoques sob controle. Esta boa relação é crucial para reduzir tamanhos de lotes, reduzir lead time e aumentar a frequência de entrega. Como resultado, os estoques a serem mantidos sempre serão os menores possíveis por SKU, entretanto, garantem o sortimento necessário para manter o efeito “gôndola cheia”, o que atrai os consumidores, dando credibilidade ao ponto de venda. Ou seja, um acordo para evitar estoques desnecessários pode ser de ótima ajuda.
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Utilize o conceito do “sortimento cauda longa”
No conceito de cauda curta, poucas marcas atendem às preferências gerais e são vendidas em grandes volumes. Já na cauda longa ocorre o contrário, ao quais muitas marcas diversificadas geram poucas vendas, porém, a soma de todas proporciona um volume significativo. Como exemplo, grande variedade de marcas de refrigerantes menos populares, somadas, acabam tendo faturamento próximo a uma marca de grande volume. Portanto, oferecer variedade de sortimento é essencial, dependendo da categoria.
Referências: Administradores, Iman.